Os principais suspeitos de matar e ocultar o corpo de Júlia Laport Quintanilha, de 11 anos de idade, em Barra do Piraí, foram presos preventivamente, na tarde desta terça-feira (22). Segundo o delegado responsável pelo caso, Wellington Vieira, a mãe, de 28 anos, e o namorado dela, de 20, estavam no município de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Eles confessaram a ocultação do cadáver, mas negaram ter matado a criança.
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Após o crime, de acordo com as investigações, o casal fugiu para São Gonçalo, com medo de represálias. Com a repercussão do caso, no entanto, eles ligaram para a polícia e contaram onde estavam escondidos. Os agentes foram até o local e decretaram as prisões.
Em depoimento na 88ª DP (Barra do Piraí), segundo o delegado, a mãe contou que a menina morreu de "causas naturais" e que teria escondido o corpo porque ficou com medo de ser linchada na rua. Vieira afirmou que os dois relataram com detalhes a execução do crime e não demonstraram remorso.
A mala com o corpo da criança foi encontrada, nesta segunda-feira, num terreno próximo à casa do padrasto, no distrito de Ipiabas. A polícia aguarda o resultado da necropsia para confirmar se a ossada é mesmo da menina e descobrir as causas da morte.
O desaparecimento de Júlia foi registrado no último sábado, pelo pai biológico e por uma tia. Ela estava desaparecida há cerca de seis meses. Segundo a família, a criança sofria de síndrome de West, uma doença rara que dificulta a fala e a locomoção.
Nas redes sociais, parentes de Júlia mostram-se indignados diante de sua morte. "Estou de luto pela minha netinha", disse a avó em uma publicação no Facebook, ao divulgar uma foto da menina ainda pequena.