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Incentivos fiscais a empresas que contratarem mulheres vítimas de violência | Riobrasil Noticias

Incentivos fiscais a empresas que contratarem mulheres vítimas de violência

Incentivos fiscais a empresas que contratarem mulheres vítimas de violência

20/06/2019 12:49:00 | Rio de Janeiro | Fonte: Jornal em Destaque

Um projeto de Lei apresentado na Câmara dos Deputados na
última semana pretende conceder incentivos fiscais no imposto de renda a
empresas que contratarem mulheres que sofreram agressão. De acordo com a
proposta, a pessoa tributada com base no lucro real poderá deduzir 20% do
montante das despesas com salários e tributos incidentes sobre a renda de
funcionárias que sofreram agressão.





O projeto, que será analisado pelas comissões da Câmara
dos Deputados nas próximas semanas, estipula que a ação que descreve a agressão
sofrida pela vítima precisa ter sido julgada em primeira instância. Os
benefícios fiscais só poderão ser aplicados em casos de contratações de novas
trabalhadoras e pelo prazo de dois anos, contados a partir da data de admissão
na empresa.





De acordo com o autor do projeto, o deputado federal
Coronel Tadeu, o objetivo da proposta é estimular empresários e a própria
sociedade civil na luta contra a prática de violência contra as mulheres.
Segundo o autor, os incentivos fiscais irão possibilitar um maior número de
contratações, além do ingresso e retorno destas mulheres no mercado de
trabalho. O deputado cita a independência financeira e o convívio social como
alguns dos benefícios que a proposta pode trazer às vítimas.





Para a advogada especialista em Direito penal do
escritório Alcoforado Advogados Associados, Talita Lira, o projeto apresentado
na Câmara tem grande relevância, pois é uma forma de "livrar" a
mulher do ambiente de violência doméstica. "
A inserção dessas mulheres
no mercado de trabalho possibilita a criação de redes sociais e a construção de
um apoio da comunidade, que são fundamentais para a reintrodução dessas
mulheres ao convívio em sociedade
", explica.





Segundo Lira, a responsabilidade na luta contra a
violência doméstica é de toda a sociedade. "
Esse incentivo se mostra
importante para criar a conscientização das empresas para não fecharem os olhos
à situação de violência doméstica vivida por mais da metade da população
brasileira e para, efetivamente, ajudar essas mulheres nessas situações
abusivas, dando uma chance para que finalmente tenham uma vida com dignidade e
integridade física, psicológica e social
", defende a especialista.





De acordo com a advogada, a falta de apoio, o medo de
denunciar, e a própria dificuldade ao procurar as autoridades são alguns dos
principais obstáculos enfrentados pelas vítimas de agressão: "
As
agressões físicas e psicológicas sofridas pelas mulheres em situação de
violência doméstica deixam traumas profundos nas vítimas, principalmente, o
medo e a sensação de que não estão em seguras em lugar algum, o que dificulta a
readaptação ao convívio social. Ainda, muitas vezes a falta de apoio social, da
família ou da comunidade contribuem para essa resistência que as mulheres
sofrem, pois elas acabam sendo vítimas, além da violência, dos julgamentos e da
insensibilidade da sociedade, dificultando a sua reinserção social
",
finaliza Lira.





Números que assustam





Infelizmente, o número de mulheres vítimas de agressão
no Brasil é assustador. O Atlas da Violência lançado no dia cinco de junho pelo
Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostra que 4.936
mulheres foram assassinadas em 2017.





Outro levantamento feito pelo Núcleo de Estudos da
Violência da Universidade de São Paulo (USP) e pelo FBSP e lançado no último
dia oito de março, informa que em 2018, cerca de 4.200 mulheres sofreram
homicídio doloso no país. Deste total, 1.173 casos foram registrados como
feminicídio - crimes de ódio motivados pela condição de gênero.





Em 2019, alguns estados já possuem números alarmantes em
relação a violência contra a mulher. No Distrito Federal, por exemplo, até maio
deste ano, já foram registrados 14 casos de feminicídio. Em relação ao número
de registros de violência doméstica, no DF passa de 40 por dia.





Apesar dos avanços na legislação brasileira para
combater a violência contra a mulher, milhares de vítimas sofrem todos os dias
com a violência, verbal, física ou psicológica. O silêncio e o medo da vítima,
na maioria dos casos, fazem com que ela resista em denunciar o agressor ou em
procurar ajuda.

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