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Um sequestrador depressivo, um governador desequilibrado, um tiro duvidoso e tudo acabou bem | Riobrasil Noticias

Um sequestrador depressivo, um governador desequilibrado, um tiro duvidoso e tudo acabou bem

Um sequestrador depressivo, um governador desequilibrado, um tiro duvidoso e tudo acabou bem

21/08/2019 12:44:00 | Rio de Janeiro | Fonte: Jornal em Destaque

Antes de qualquer
prejulgamento – coisa que o brasileiro mais sabe fazer – quero dizer que, se
alguém tinha de sair morto, foi, sim, melhor que o sequestrador tenha morrido
do que qualquer uma das 37 vítimas.





Sinceramente, eu ainda
prefiro que a mídia e os especialistas critiquem a ação da polícia em um caso em
que o criminoso foi abatido, do que uma vítima assassinada, como no caso daquela
passageira do 174, há nove anos. Mas, gostaria de provocar uma reflexão sobre
algumas coisas que considero relevantes neste contexto.





Primeiro: a
eficiência do tiro



Penso que se o
sequestrador tivesse algum detonador ou uma vítima sob sua mira, um tiro que
não fosse na cabeça – como se espera de um atirador de elite – poderia ter tido
um outro desfecho.





O Rio de Janeiro é uma
cidade de grandes eventos, que recebe autoridades internacionais e, por esta
razão, precisa preparar melhor seus snipers. Foram seis tiros, mas não sabemos
qual deles foi o fatal. Bastaria um, na cabeça.





Segundo: a
comemoração estilo “gol no maraca”, do governador



Confesso que fiquei
estonteado ao assistir o vídeo que o Witzel postou em sua conta no Instagram,
se dirigindo aos passageiros do ônibus, falando que tal episódio aconteceu
porque falta Deus no coração das pessoas... Como justificativa à sua vibração,
digna de um torcedor fanático, quando seu time vira o jogo no último minuto, o
governador disse que celebrou a vida das vítimas, não a morte do sequestrador.





Governador, continue
fazendo o teu trabalho, mas procure tratamento, com um bom profissional!





Terceiro: o
perigo da depressão



Willian Augusto da
Silva, de 20 anos de idade, provou, se é que alguém ainda tem dúvida, o perigo
dessa doença chamada depressão. O ED fez um especial sobre este mal, em seu
canal no YouTube, depois que três jovens em Miguel Pereira se suicidaram.
Querer morrer, querer matar... é o que esta doença silenciosa faz, em seu
estágio avançado. É claro que seus efeitos não anulam a lei e, ainda que tomado
por um mal desta gravidade, se cometer crime precisa pagar, conforme determinam
as leis deste país. Entretanto, parece ter ficado bem exposto no episódio de
ontem que se o sequestrador sofria de depressão, outras pessoas e o próprio
governador, com suas atitudes, comportamentos e comentários nas redes sociais,
também podem estar apresentando algum tipo de mal que, se for o que estou
suspeitando e, em se tratando de uma abrangência social, pode, de fato, colocar
em risco a vida de uma nação inteira!





Digo isto porque uma
coisa é se sentir aliviado com o desfecho de um caso onde todas as vítimas
foram salvas. Outra coisa é expressar a sua satisfação por ver um criminoso ser
abatido a tiros e, pior, comemorar.





É bem verdade que o
tiro, dentre os seis, que matou o sequestrador encerrou o triste episódio de
forma satisfatória – todas as vítimas tiveram suas vidas preservadas. Mas,
vamos combinar que ver imagens de gente soltando pipa, jogando baralho, vendendo
salgadinho enquanto dezenas de inocentes sofriam o terror de um sequestro e
ameaças de morte por um homem descontrolado com uma arma na mão, presos dentro
de um ônibus na ponte... não pode ser considerado normal.
 





Concluindo, o
governador Witzel prometeu em campanha usar snipers e está cumprindo. Muita gente
votou nele por aceitar suas propostas e isto precisa ser respeitado. Viva a
democracia!





O fato é que se livrar
de um político, que tem prazo de validade no poder, é fácil. Difícil é conceber
que tais políticos são postos no poder por uma boa fatia da sociedade,
sociedade esta que apresenta, via redes sociais, um comportamento doentio de
insensibilidade à dor e ao sofrimento alheio – não me refiro ao sequestrador nem
à sua família, somente. Refiro-me, principalmente, às vítimas que, ao meu entender, mais foram
salvas pela graça de Deus do que pelos tiros.
  

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